segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Julgamento desse nosso Amor

Sou culpada

Por cada briga que nos acontece

Culpada e nada mais

Mágoas que não se esquece

Dói demais

Se nosso Amor estivesse sendo julgado

Condenado a acabar agora

Como seria?

Açoitado, xingado e bandido

Esse Amor amigo

Teria um fim, minha amada

Mas ainda assim

Eu seria culpada

Voz alta

Impaciência

Orgulho

E imprudência

Terá jeito?

As provas que acusa

Esse Amor tão machucado

Abusa

É difícil defender

Em que mal se paga com mal

É preciso fazer

Silencio nesse tribunal

Pois falar não dá certo

E que se cale de um modo esperto

As expressões faciais não mentem

E nos deixam descontentes

O defensor defende

E diz: lembrem-se!

E nos trás lindas recordações que dá calor

Em que as horas eram poucas

Nos chamavam até de loucas

Loucas...

De Amor!

A promotoria chama testemunhas

Esse Amor nunca agradou

Teve opiniões e reclamações

Mas que nunca nos importou

Esse julgamento duraria tanto tempo

Doloroso, incerto e tenso

Vem ai sua sentença

O juiz que assistia em silencio

Quieto...

Chamava-se “Lembranças“

E disse então:

“existem Amores e Amores

És aqui uma exceção...

Amor grande como este

Por mais que brigas aconteçam

Merece uma prisão

Porém perpétua

Em um mundo em que o réu

Chama: meu e dela.”

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