Sou culpada
Por cada briga que nos acontece
Culpada e nada mais
Mágoas que não se esquece
Dói demais
Se nosso Amor estivesse sendo julgado
Condenado a acabar agora
Como seria?
Açoitado, xingado e bandido
Esse Amor amigo
Teria um fim, minha amada
Mas ainda assim
Eu seria culpada
Voz alta
Impaciência
Orgulho
E imprudência
Terá jeito?
As provas que acusa
Esse Amor tão machucado
Abusa
É difícil defender
Em que mal se paga com mal
É preciso fazer
Silencio nesse tribunal
Pois falar não dá certo
E que se cale de um modo esperto
As expressões faciais não mentem
E nos deixam descontentes
O defensor defende
E diz: lembrem-se!
E nos trás lindas recordações que dá calor
Em que as horas eram poucas
Nos chamavam até de loucas
Loucas...
De Amor!
A promotoria chama testemunhas
Esse Amor nunca agradou
Teve opiniões e reclamações
Mas que nunca nos importou
Esse julgamento duraria tanto tempo
Doloroso, incerto e tenso
Vem ai sua sentença
O juiz que assistia em silencio
Quieto...
Chamava-se “Lembranças“
E disse então:
“existem Amores e Amores
És aqui uma exceção...
Amor grande como este
Por mais que brigas aconteçam
Merece uma prisão
Porém perpétua
Em um mundo em que o réu
Chama: meu e dela.”
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